À semelhança da Magia Amarela,
esta também não é uma nomenclatura reconhecida por seus praticantes, que
geralmente estarão se definindo como praticantes de Magia Natural, isso quando
não ocorre uma certa confusão com práticas de Alta Magia em alguns casos como
Magia Branca por exemplo.
Quando não estes estarão se
identificando como praticantes de Bruxaria ou de Feitiçaria, o que de certa
forma também acabaria sendo uma definição bastante acertada em boa parte dos
casos. Por vezes também acaba sendo definido como Xamanismo.
Com o passar do tempo certas
tradições religiosas e ritualísticas, bem como conhecimentos sobre o uso de
recursos naturais com fins terapêuticos, foram sendo incorporados à cultura
popular entre os povos antigos em todos os continentes.
Atualmente no Brasil vemos
tradições Européias que deram origem a atividades como das Benzedeiras, bem
como veremos diversos tipos de Curandeiros que guardam tradições Africanas e
Indígenas.
Vemos neste caso que
diferentemente da Magia Branca e à semelhança do que se vê na Magia Negra, o
que temos é o predomínio de práticas individuais, sendo que nem sempre o
praticante da Magia Cinzenta estará assumindo a função de Sacerdote.
É comum que estas práticas tenham
fins religiosos ou terapêuticos, no que se vê o uso ritualizado de recursos
naturais, muitas vezes quando o foco é religioso se fará uso de enteógenos e
substâncias capazes de produzir estados alterados de consciência.
Alguns de seus conhecimentos
acabaram de tal forma se espalhando que vieram a se tornar crenças populares
como as chamadas "Simpatias", sendo que neste caso pode-se melhor
definir como práticas de Feitiçaria, já que não requerem nem que o indivíduo
seja um Mago, nem tão pouco exigem que o indivíduo possua quaisquer aptidões
especiais que pudessem defini-lo como Bruxo.
Em determinados contextos
variações de Magia Cinzenta acabam sendo praticadas por centros religiosos, por
vezes ligados ao Espiritismo até mesmo Kardecista. Sendo que os principais
elementos que definem essa forma de Magia é o uso de rezas, orações, bênçãos,
bendições etc.
Tal como vimos na Magia Amarela
também aqui a ação do oficiante será indireta, quer seja através do uso de
recursos e forças da natureza, como por meio de invocações, embora neste caso sejam
de natureza distinta pois o enfoque assim como na Magia Branca será num sentido
do Material para o Espiritual, por isso as práticas invocatórias são mais
voltadas a levar o indivíduo a experimentar outros estados de consciência.
Assim vemos várias modalidades de
Espiritismo, que na maioria dos casos negarão estarem praticando alguma forma
de Magia. Seus trabalhos serão realizados igualmente por Guias, Orientadores e
Correntes Espirituais Colaboradores desencarnados, bem como se evoca
Divindades, Egrégoras e Forças da Natureza, ou seres angelicais com o fim de
levar o indivíduo a experimentar diferentes estados de consciência próprios do
contato espiritual com cada tipo de força ou entidade.
Outro ramo de praticantes desta
modalidade de Magia são os que seguem doutrinas e direcionamentos New Age, que
se utilizam de adaptações de tradições principalmente Européias e Asiáticas.
Veremos uma diversidade de
práticas e procedimentos distintos nesses meios, que terão em comum aquilo que
os distingue das demais modalidades de Magia, sendo o uso de Recursos Naturais
com enfoque em estados psíquicos, lidando com elementos etéricos e astrais, sem
uma ênfase nos princípios Mentais, sendo assim distinta das modalidades de Alta
Magia como Magia Negra e Magia Branca.
E da mesma forma notaremos que o
uso de invocações tem propósitos distintos daqueles da Magia Negra e Amarela,
não fazendo uso do elemento dos Sacrifícios que é mais característico da Magia
Amarela, embora em muitos casos trabalhe com o conceito de Oferendas em
especial nas vertentes Africana e Asiática.
Seus trabalhos destinam-se à
solução de problemas de ordem Material, em geral referentes a Saúde e Bem Estar
Físico e Psicológico. Podendo o oficiante atuar em conjunto ou individualmente
lidando com Energias Etéricas e Astrais diretamente ou indiretamente, se
valendo de Egrégoras e Entidades que venham a lhe auxiliar e realizar as obras.
Muitas vezes aqui o conceito de
Sacrifício será entendido como algo pessoal do indivíduo que se sacrifica por
seu semelhante na dedicação a seu trabalho, sendo nisso semelhante à Magia
Branca e tornando essa modalidade bem vista pelos seguidores do Caminho da Mão Direita.