O estudo e o contato com os seres
angelicais atualmente deixa certa lacuna quanto a métodos e informações mais
detalhadas. Sendo que muito do que se faz é buscar seguir receitas
pré-determinadas criadas por pesquisadores do oculto que nos antecederam, sem,
no entanto, buscar compreender os meios pelos quais tais métodos poderiam ou
não ser efetivos. Outros ainda se valem de seus recursos psíquicos de
sensitividade e percepção extrassensorial para buscar meios mais diretos de contato.
Certamente que existem muitos
meios pelos quais pode se obter esse contato com esses seres e vou tentar expor
aqui algo sobre o meio pelo qual obtive esse tipo de contato. Embora não haja
uma receita específica que se aplique a todos os casos e a todo tipo de
praticante, mas creio que posso dar alguns elementos para que cada um possa
adaptar à sua própria realidade.
Algumas informações sobre a
Natureza dos Seres Angelicais precisam ser passadas para que se possa
compreender o processo de contato e como se dá a comunicação com eles. Há
tradicionalmente métodos já bem estabelecidos como os de John Dee e seu sistema
Enoquiano, se valendo de uma ritualística própria através de Selos, Quadrados
Mágicos e outros elementos. Mas o método que vou tentar descrever aqui
dependerá bem mais de elementos práticos como a própria sensitividade do
oficiante.
Primeiramente existe toda uma
categoria de seres que são genericamente classificados como Anjos, sendo que
temos os Coros Angelicais que seriam justamente as distinções entre esses
diferentes tipos de criatura. As diferenças entre eles são de mesma magnitude
que as diferenças existentes entre os Reinos: Mineral, Vegetal, Animal e
Humano. Tendo assim como seres distintos os Serafins, Querubins, Tronos,
Dominações, Potestades, Virtudes, Principados, Arcanjos e Anjos.
A questão é que são seres que
constituem as bases estruturais dos Planos de Existência, de modo que cada Coro
estará mais relacionado com um Plano Específico, mesmo possuindo manifestações
nos demais planos. Assim teríamos como que uma mesma entidade em realidades
análogas a sua original em cada um dos Coros. Isto é observado no estudo dos 72
Gênios Guardiões.
Essa seria nossa principal
referência disponível para o contato com esses seres, já que o povo Hebraico
desenvolveu com profundidade o estudo dessa classe de seres da Natureza. Os
próprios estudos de John Dee em sua criação do Alfabeto Enoquiano foi uma
adaptação do que os primitivos Hebreus fizeram com a própria criação da língua
Hebraica, sendo ambas tentativas de recriar a língua Adâmica ou idioma Mágico.
Parte do sucesso alcançado por
eles se perdeu com o tempo e assim como John Dee outros buscaram reencontrar as
chaves perdidas para o entendimento dessa Língua Mágica. O que é preciso ser
compreendido nesse trabalho é que temos de redefinir o nosso entendimento de
linguagem, de comunicação, pois estamos muito acostumados com a comunicação
verbal que é universal no Reino Humano, mas não se aplica à comunicação com os
outros Reinos da Natureza.
Seres diferentes se comunicam de
formas diferentes e é essa a linguagem que precisa ser entendida. Ou seja,
poderemos nos dirigir a eles com palavras, mas não será isso que estará de fato
importando para eles, mas sim nosso sentimento e pensamento, bem como as respostas
nos virão por meio de símbolos que precisarão ser decifrados e postos em
palavras para podermos descrever, sendo que a partir daí se torna até mesmo
possível redigir um diálogo entre o Humano e o Anjo, como muitas vezes vemos
relatos. Esse diálogo ocorreu unicamente na mente do Humano, que traduziu os
simbolismos e sensações transmitidos pelo ser angelical e os colocou em
palavras.
A relação entre seres humanos e
os Anjos propriamente ditos, no caso os seres do Coro específico chamados de
Anjos, é bastante estreita, pois são criaturas simbióticas. Temos uma ligação
direta como gêmeos siameses com um Anjo, sempre havendo essa dualidade que faz
parte de nossa Anatomia Oculta, na qual teremos sempre um Humano e um Anjo
correspondente. Embora isso não se refira diretamente ao conceito de Sagrado
Anjo Guardião comumente estudado pelos que seguem a linha de Thelema.
Os antigos Cabalistas encontraram
uma fórmula de classificação na qual estabeleceram a divisão do todo por 72 e
assim se tornou possível designar características próprias distintas de cada um
desses seres atribuindo a eles datas, de modo que para sua data de nascimento
teremos ali um dos 72 Gênios correspondente.
Esses 72 são subdivididos entre
os Coros, mas no caso essa divisão é essencialmente simbólica, ou seja, mesmo
que tenhamos um determinado Gênio classificado como Querubim, por exemplo,
ainda assim estaremos entrando em contato com o Anjo correspondente e não com
um Querubim em si. Sendo que todos os 72 na verdade são essencialmente do Coro
dos Anjos.
Esse Coro específico possui
grande relação com o Ser Humano por ter o foco de sua existência assim como
nós, no Plano Mental. Então aqui temos o primeiro fator a ser observado ao
buscar ter contato com eles. Embora eles possuam manifestações Astrais,
Etéricas e até mesmo Físicas em alguns raros casos, ainda assim não estaremos
contatando essas manifestações e sim sua essência Mental.
Então como primeiro procedimento
para se trabalhar com essas Entidades teremos que nos isolar de influências externas.
A falha nas tentativas desses contatos na maioria dos casos é de estudantes
buscarem se valer de mediunidade para tentar contata-los em suas manifestações
Astrais, da mesma forma que se comunicaria com um Humano desencarnado. Tal
procedimento, mesmo se obtendo resultados, não nos permite ter a certeza de que
as informações obtidas pela comunicação são realmente aquilo que foi
transmitido pelo Anjo, ou se foi algo captado de habitantes do Plano Astral
interferindo na comunicação.
Sendo assim, o ideal é que o
procedimento seja feito em um Templo, devidamente isolado de interferências
Externas Astrais e Energéticas. Na impossibilidade de se dispor de um Templo
para tal prática, então que tomemos os devidos cuidados para com o isolamento
do local onde será feito o Contato. Buscando por meio de limpeza energética,
banimentos, ritos nos quais se obtenha o máximo de isolamento possível, não só
de seres como de correntes mentais, formas pensamento e energias alheias ao
oficiante.
Caso você siga uma linha de trabalho
que envolva o acompanhamento de Guias e Entidades próprias do seu Sistema, bem
como Egrégoras às quais você esteja ligado, é recomendável que para esse
contato se isole momentaneamente, podendo ao menos solicitar para que não haja
interferências e no ambiente venham a estar sozinhos o Humano e o Anjo e nada
mais.
Pode-se utilizar de Círculos
Mágicos, mas diferente dos procedimentos adotados com Demônios os Anjos sempre
estarão dentro do Círculo com você. Não há como banir um Anjo. O contato com
eles é contínuo, apenas o que diferencia o procedimento de comunicação é por
ser para nós uma ocasião na qual nos tornamos conscientes desse contato a ponto
de conseguir trazer para a mente objetiva as mensagens continuamente
transmitidas por eles.
Todos os procedimentos para essa
comunicação servem unicamente ao Humano, pois eles não precisam de nenhum
recurso maior para entrar em contato conosco. São a nossa atenção e nossa
consciência que precisam ser preparadas para entendê-los.
Mesmo em nosso meio raramente
lidamos diretamente com trabalhos a nível Mental, sendo que boa parte está mais
habituado a lidar com o Plano Astral. Aqui então será preciso além do
isolamento buscar alcançar um estado de serenidade meditativa, na qual
busquemos o máximo de neutralidade possível. Temos de estar com nossa
sensitividade em estado de atenção para qualquer coisa que possamos vir a
sentir, ver, ouvir ou intuir, mas para isso precisamos silenciar a nós mesmos,
não pensando em nada, não sentindo nada e quando o ambiente ao nosso redor
estiver suficientemente isolado para se alcançar esse estado de neutralidade e
silêncio, tanto mental quanto emocional, aí sim nós estaremos prontos a entrar
em contato com o Anjo.
A relação que temos com eles em
sua realidade Mental tem como parâmetro o Tempo, sendo este o meio de se ter
algum tipo de mapeamento para “Navegação Mental”. A realidade Mental é
absurdamente mais ampla que o Plano Astral, que por si só já seja de uma
complexidade assombrosa. Não há, como no Astral, a possibilidade de você se
perder. Há apenas a possibilidade de não se encontrar o que se está procurando,
ou encontrar algo que não se estava querendo encontrar. Embora nesse último
caso o que de fato aconteça é que aquilo que procuramos não é exatamente como
imaginamos que fosse.
Isso acontece muito no contato
com os Anjos. É fundamental esquecer a imagem clássica de seres representados
como humanos com asas. Eles não possuem nada de humano em suas aparências,
sendo que de certa forma eles nem mesmo têm uma aparência. Podendo-se também
esquecer conceitos como seres ligados à bondade, ao bem, à luz. Eles são Forças
da Natureza e suas manifestações são as mais diversas. Portanto é fundamental
que no contato com eles não tenhamos reservas, aceitando sentir, ver, ouvir e
intuir o que quer que seja e que tenha isto que aparência for. Por menos
lógico, ou menos agradável, ou até errado segundo nossos valores, aquilo possa
nos parecer ao nosso sistema de crenças, ainda assim deverá ser aceito como
natural, sem que venhamos a reagir positiva ou negativamente, analisando sem
julgamento, apenas buscando compreender a Natureza do Ser e o que ele está
buscando nos passar.
A maneira deles se comunicarem
conosco será através de construções Astrais. Eles criam cenários, formas,
objetos, imagens, que não são como hologramas, são reais a nível Astral. Os
Anjos podem ser mais bem entendidos se os virmos como “Lugares”, sendo que o
Anjo seria como um recinto no qual você viria a entrar. Esse recinto é composto
de uma determinada atmosfera emocional, um ambiente que nos leva a um
determinado estado de espírito, nos remetendo a uma situação, um contexto, que
nos fará sentir de uma determinada maneira e a partir desse sentir começamos a
intuir e ter pensamentos de acordo com aquela realidade.
Nossos pensamentos terão como
ponto de partida sensações, imagens que veremos ou mesmo imaginaremos. Ideias
nos surgirão, assuntos aos quais daremos atenção e isto, dependendo de como
costume ser sua realidade mental, poderá ser traduzido na forma de um diálogo, ou
de uma situação vivida, como um ator encenando uma peça.
Sentiremos impulsos para fazer
determinados gestos, ações como bater palmas, por exemplo, bem como impulsos
para emitir ruídos, assumir diferentes posturas corporais, poderemos sentir os
mais diversos tipos de emoção, como raiva, tristeza ou outras e manifestar isso
das maneiras mais diversas. E tudo deverá ser feito com naturalidade, sem
julgamento, permitindo que esses impulsos fluam com naturalidade.
Esta é a experiência do contato e
após ela você terá elementos para refletir e buscar compreender que mensagens que
lhe foram transmitidas ali. Há casos nos quais o Anjo em razão de nossa
afinidade com ele nos dá presentes astrais, como armas mágicas ou objetos
relacionados a eles. São objetos que a nível astral são absolutamente reais e
palpáveis, sendo de um valor inestimável sobre tudo para Magistas.
Então temos os seguintes passos:
Primeiro o isolamento total; Depois silenciamos a nós mesmos em todos os
sentidos; Até que então entramos em contato com o Anjo e mais uma vez
silenciamos para então sentirmos, vermos, intuirmos, os diversos sinais com os
quais ele irá nos bombardear para que o entendamos, sem intervir, se refrear,
nos permitindo interagir livremente com a realidade que irá se desenhando para
nós naquele momento.
Saberemos, pelo isolamento
prévio, que aquilo não é ação de nenhuma influência Astral, sendo que só
estarão ali você e o Anjo. Muitas vezes irá lhe surgir um cenário, um contexto,
no qual você se verá como sendo o próprio Anjo. Isso faz parte da comunicação.
Assim também poderá ver alguma aparência Humana. Essa aparência não é Anjo em
si, é uma imagem criada por ele para fazer-se entender por nós. Em outros
momentos ele irá se apresentar como uma presença às nossas costas. Isto é absolutamente
normal. Apenas é preciso entender que ele está em toda a parte, ele é todo o
cenário que te circunda e não apenas a presença ou a figura humana ali
representada.
Por vezes eles podem se nos
apresentar como situações ameaçadoras, nos levando a estados de ânimo
geralmente vividos em desastres naturais. É preciso que entendamos que isto
tudo é apenas para que nos sintamos daquela forma e de modo algum há um perigo
real ali. Apenas pode ser importante para compreender aquele Anjo específico
que nos sintamos ameaçados, sintamos medo, terror, pânico, desespero, mas
devemos manter a serenidade e confiança de que aquele estado irá passar e pode
passar a partir do momento que você “se retire daquele lugar”. Entendendo que
esse sentimento é o Anjo em si e que seu contato sempre lhe trará essa sensação
e que esta sensação só tem este significado. Não se tratando assim de nenhuma
profecia, ou predição, ou anúncio de catástrofe vindoura. Cabendo ao oficiante
não se deixar impressionar.
Dentro desse processo como
passamos do passo um para o passo dois? Como entramos em contato com um Anjo
específico. Aqui iremos nos valer do que já existe de estudo sobre o assunto,
recorrendo ao que temos de informações sobre cada um dos 72 Gênios. Nosso
contato com eles depende de produzirmos em nós mesmos o estado de ânimo
correspondente àquele Anjo específico, nos sentirmos, no ambiente que é a
própria realidade do Anjo. Para isso dispomos de descrições antigas de
estudiosos que tiveram essa experiência antes de nós e vieram a dar depoimento
de seus contatos e a que cada Entidade remete.
Outro recurso é o som. Os nomes
Hebraicos são essencialmente Mantrâmicos, então uma forma de tomar contato com
os Anjos é mantralizando seus nomes. O ideal, e o que recomendo nesse sentido,
é que procure começar pelo Anjo correspondente ao seu próprio dia de
Nascimento. Pois será um “ambiente” que lhe será mais familiar e com o qual
você possui naturalmente afinidade.
Apenas o detalhe é que os
primeiros contatos, sobretudo por serem com o nosso próprio Gênio Guardião, nos
trarão sensações bastante sutis, nos dando a impressão nítida de não estarmos
sentindo nada. Isso se deve a que o seu estado de neutralidade é diretamente
determinado pela influência deste seu Anjo. Sendo que se fosse possível a cada
um de nós sentir o estado de neutralidade uns dos outros notaríamos que são
absolutamente diferentes. Podendo, por exemplo, aquilo que para mim é “não
sentir nada” para você seria sentindo como sendo um estado de raiva contínua,
ou ainda, aquilo que para você seria “não sentir nada” quando sentido por outro
poderá parecer um estado de tristeza profunda.
Então não há de se estranhar se a
princípio lhe parecer não estar tendo resultado algum, pois mantendo a
serenidade e a atenção perceberá que está se sentindo como em alguns momentos é
comum a você se sentir e poderá a partir daí observar o que caracteriza esse
sentimento.
Os elementos usados para se
entrar em contato com os anjos, todos eles só servem para levar o humano a se
sentir de uma determinada forma. A ideia de que se esteja de fato oferecendo
algo ao Anjo, ou que eles possuam gostos pessoais por tais ou quais coisas é
apenas uma forma mais simbólica de se referir ao procedimento. A ideia de se
ascender velas, estas por si só não possuem significado para eles, mas
possuindo significado para nós, representando um gesto de querer presentear,
poderá nos colocar num estado de ânimo propício para o contato. Embora isso não
vá se aplicar a todos os Anjos, apenas para aqueles cuja temática envolva uma
postura mais devocional.
Todo o procedimento consiste em
nos colocarmos em afinidade com a tônica vibratória do Anjo. E faremos isso a
nível Mental. Para tanto iremos nos valer do processo de Mantralizar o nome
dele, sendo que a vibração do nome é análoga à vibração do Anjo em si e assim
serve para te levar àquele estado de ânimo próprio dele. Outro meio será
buscarmos todas as descrições que estejam disponíveis sobre as características
daquele Anjo específico. Procurar pelo Salmo correspondente àquele Anjo também
ajuda a nos situar quanto ao contexto no qual devemos nos visualizar e como nos
sentiríamos naquelas circunstâncias, ou a que nos remete aquele texto.
E um dos elementos importantes é
nos ajustarmos com relação ao Tempo. Procurando fazer o contato com o Anjo em
um dos seus dias correspondentes, sendo em geral cinco datas ao longo do ano.
Sendo isto o ideal, podendo-se, contudo, optar por apenas entrar em contato com
ele no horário do dia o qual ele rege. Tendo-se tabelas que dividem as horas do
dia a partir da meia noite, tendo um período de vinte minutos para cada um dos
72 Gênios.
Então teremos que, de preferência
em nosso Templo, após os procedimentos próprios para isolarmo-nos completamente
de influências externas; no dia e horário do Anjo correspondente ao nosso dia
de Nascimento; mantralizar o seu nome, podendo ser por três vezes; leremos o
trecho de Salmo atribuído a ele; leremos a descrição de suas características;
incluindo às de seu Gênio Contrário; então silenciaremos nossa mente e nossas emoções,
ficando atentos apenas ao silêncio e ao “nada” que estaremos sentindo; após
algum tempo começarão a nos surgir pensamentos e sentimentos análogos ao que
lemos; poderão nos surgir visões ou intuições de símbolos, ou objetos, ou
imagens; poderão nos ocorrer diálogos internos; poderá ocorrer o impulso a
fazer um determinado gesto, ou assumir uma determinada postura, ou exercer
alguma ação, como gritar, chorar, xingar ou outra; até que após um tempo
faremos os procedimentos habituais de sua própria linha para encerramento do
procedimento e terá deste momento em diante elementos a serem analisados e
compreendidos da experiência.
O detalhe é que ainda estaremos
em contato com Anjo depois disso. Conforme o horário podendo ser o dia inteiro.
Assim também voltaremos a nos sentir nesse estado de espírito em outras
ocasiões aleatórias em dias posteriores, assim como também poderemos notar que
houve ocasiões no passado nas quais já havia se sentido assim. Mas após termos
estabelecido o contato, se torna natural para nós reconhecer quando ocorrem os
contatos naturais e buscar o contato com ele apenas buscando dentro de si
sentir-se dessa forma, independente dos outros recursos de isolamento e momento
propício. Sendo esses elementos fundamentais apenas para o primeiro contato com
cada um deles.
Ao evocá-lo, sua postura deverá
ser de humildade. Esse termo é muito mal compreendido. Não se trata de uma
postura subserviente, pelo contrário, trata-se de uma postura de neutralidade,
de naturalidade, tratando e se dirigindo ao Anjo com respeito, mas em momento
algum se colocando como superior a ele e muito menos inferior. Não somos
inferiores a eles em absolutamente nada, eles apenas costumam viver aspectos da
realidade para os quais não estamos atentos apenas por estarmos vivenciando uma
experiência física, sendo que eles estão ligados a aspectos mais sutis da
existência e isso não faz deles superiores. Mas também não há porque tratá-los
como inferiores a nós, pois semelhante aos humanos, se há algo que queremos
deles seria de se esperar que os tratássemos bem. Mesmo porque não é da
Natureza deles qualquer iniciativa em nosso favor sem que peçamos. Mesmo o
contexto de Anjo Guardião se refere a uma “função” exercida pelo Anjo em favor
da Ordem Natural das coisas e não por ser algo em nosso favor ou não. São
mantenedores da Ordem imparciais.
Uma recomendação que considero
importante é ao procurar entrar em contato com Anjos outros que não àqueles
referentes ao seu dia e horário de nascimento, que seja bastante cuidadoso na
escolha desse Anjo. Eles não são criaturas dóceis, suaves e agradáveis como na
visão comum religiosa, sendo que o contato com algum deles com o qual você não
consiga estabelecer afinidade, pode lhe trazer grande desconforto,
proporcionando pensamentos, emoções e estados de ânimo estranhos a sua
personalidade e ao seu estado normal, podendo causar desajustes a nível
psicológico e espiritual que viria a exigir cuidados.
Assim uma maneira de evitar
riscos é quando entrar em contato com Anjos novos e que lhe sejam estranhos,
que seja com Anjos correspondentes aos dias de nascimento de parentes e amigos
seus, sendo que possuem vibrações que não lhe serão de todo desconhecidas. Algo
curioso que nos ocorre após termos contato com alguns Anjos diferentes é que
acabamos nos dando conta das diferentes formas de sentir e o quanto temos
afinidade ou não com cada uma, sendo isso uma explicação para certas simpatias
e antipatias instantâneas que temos para com certas pessoas. Como na expressão
popular “Meu Gênio não bate com o dele”, ou “Meu Santo não bate com o dele”.
Isto acaba se mostrando uma realidade passível de observada e compreendida, nos
permitindo até mesmo nos adaptar de modo a assumir algum controle sobre a
simpatia e antipatia que sentimos pelas pessoas e vice-versa.
Os Anjos têm uma relação muito
próxima com os Humanos e se comunicam muito especialmente através de Sonhos,
muitas vezes entrando em contato conosco quando estamos naquele estado entre o
sono e o despertar. Sendo que a presença deles muitas vezes nos traz
sonolência.
Eles costumam se manifestar a
nível Astral, mesmo que normalmente iremos entrar em contato com eles a nível
Mental. A questão é que como normalmente nós não estamos conscientes deles e
nem captamos as Mensagens que eles nos passam, então eles gradualmente ao longo
dos séculos têm se aproximado mais das realidades mais densas. Isso faz com que
hoje em dia eles estejam se manifestando também a nível Etérico, energético,
instintivo. Produzindo como efeito colateral de seu contato alguns estímulos à
sexualidade, despertando a libido, desejos e nos inspirando fantasias sexuais.
Assim pelas descrições dadas aqui
creio que se acaba desmistificando muito do que é senso comum sobre esses
Seres, que no fundo são bem pouco compreendidos. Pois mesmo em nosso meio eles
são entendidos por alguns como dogmáticos e ligados a preceitos morais, e até
valores religiosos, quando na verdade estão muito acima disso. Tais valores não
têm o menor significado para eles. Eles são o que são e assim como tudo na
Natureza não está sujeito a juízo de bem ou mal, sendo estes preceitos
exclusivamente humanos.
Ainda há muito a se falar sobre
os Anjos de modo geral. Aqui nos detivemos apenas quanto aos 72 Gênios
Cabalísticos. Mas ainda estaremos abordando o tema, tanto em termos práticos e
técnicos como aqui, como também em considerações teóricas para uma compreensão
mais completa. Estando inclusive em pauta vídeos abordando esta temática no
Canal Sujeito Oculto.
Concluindo, cabe aqui mais uma
consideração. Há aqueles que têm a ambição de entrar em contato com todos os
72. Bom, a estes apenas digo que ao longo dos vários anos que trabalho com o
Oculto, eu mesmo não cheguei a entrar em contato com todos, nem tenho pressa em
fazê-lo. São Forças da Natureza que devem ser respeitadas. Não temidas, mas
certamente respeitadas.