Faz parte do que é classificado
como Alta Magia, muitas vezes de tal forma identificado com esta definição que
não é raro serem tratados como sendo sinônimos, assim como igualmente quanto ao
termo Magia Cerimonial.
É importante que se diga que
tanto a Magia Branca quanto a Magia Negra são consideradas dentro da categoria
de Alta Magia. Assim como o termo Magia Cerimonial é um pouco mais abrangente,
sendo aplicada não apenas a essas duas modalidades de Alta Magia como a outras
de classificação menos precisa.
A classificação de Alta Magia se
aplica àquelas que lidam com processos Mentais e Psicológicos Profundos, bem
como por sua correlação com as esferas de vibração mais elevada e mais sutil
ligada a manifestações menos densas e mais puras do espírito.
É comum que quando realizada tenha
por base elementos ligados a processos gnósticos, com o uso de símbolos que vem
por se manifestarem em planos mais sutis como o que é conhecido como Astral
Superior e mesmo com o Plano Mental e a busca por elementos profundos da
essência espiritual do ser, ligados a Planos Superiores.
Me vejo na necessidade de
esclarecer que uso o termo gnóstico em seu sentido mais básico de processos
através dos quais se absorve conhecimentos por vias diretas sem o uso do intelecto,
não me referindo com isso a nenhuma vertente ou instituição que faça uso desse
termo para definir suas práticas.
Também é importante desmistificar
certos conceitos frequentemente distorcidos, mas que serão melhor esclarecidos
quando tratarmos do tema Magia Negra, que não existe nenhum contexto
discriminatório no uso de tais classificações, sendo que Magia Branca não é
superior à Magia Negra e quando falamos em termos de Alta Magia, também não
significa que haja um juízo de valores sobre a superioridade evolutiva ou de
status de distinção entre Magos em razão de suas práticas.
Muito embora o termo Magia e o
título de Mago tenha sido originalmente atribuído aos praticantes dessas
modalidades hoje classificadas como Alta Magia e só posteriormente os termos
foram atribuídos às demais modalidades que também foram conhecidas como
Feitiçaria ou Bruxaria.
Mas agora nos focando mais
especificamente na Magia Branca, essa muitas vezes é considerada por seus
praticantes simplesmente como Magia, ou Alta Magia, ou mesmo Magia Cerimonial e
por ser mais frequentemente uma prática adotada pelos adeptos do Caminho da MãoDireita, então se vê aí o que leva a uma idéia de superioridade que os
praticantes buscam assumir.
Sua característica básica é com
relação aos seus propósitos, ou fins, sendo especialmente aplicada como
auxiliar em processos de desenvolvimento espiritual do ser humano. Sendo que
ritos de Iniciação utilizados nas diversas Escolas Iniciáticas são atos de
Magia Branca, pois tem por objetivo levar o indivíduo a tomar contato com as
esferas mais elevadas da existência e mais profundas do espírito.
Ou seja, de modo geral tudo que
leve do Material para o Espiritual, simbolicamente de Baixo para Cima, pode ser
considerado Magia Branca. Embora muitas vezes ocorra de não ser classificada
dessa forma por seus praticantes, que atribuem ao processo uma conotação de
contato com a Divindade, em geral nos meios mais ligados ao Caminho Místico.
Outra marca da Magia Branca é a
impessoalidade e o altruísmo, de modo que o Mago se alia à Forças e Egrégoras
que lhe concedem a autoridade sobre um determinado grupo ou coletividade como
ocorre em instituições Exotéricas, sendo que em geral o Mago Branco assumirá a
função de Sacerdote também.
Assim, podemos observar que as
ritualísticas encontradas em diversas instituições religiosas tiveram por base
Ritos Mágicos, que foram perpetuados mesmo que os Sacerdotes não mais viessem a
desenvolver-se como Magos. Embora nem todos os Ritos Religiosos sejam passíveis
de serem classificados como Magia Branca. Em geral apenas aqueles nos quais
ocorrem Ritos como os de formação ou consagração de um Sacerdote.
Isto porque em tais ritos ocorre
o processo no qual o indivíduo tem sua consciência levada pelo Mago, ou
Sacerdote, de um enfoque Material para uma realidade Espiritual, mais sutil.
Algo que pode causar estranheza a
alguns é que o Rito da Missa, quer seja ela a Gnóstica ou a Católica, não se
tem um contexto no qual se encaixaria a definição de Magia Branca, pois não se
está levando do Material para o Espiritual mas sim se estará buscando forças
sutis e invisíveis e as trazendo para a Matéria, ao alcance da percepção dos
participantes.
Outra característica da Alta
Magia de modo geral é a utilização por parte do Mago de recursos mentais, sendo
que poucos são os recursos físicos utilizados na ritualística, sendo que os
objetos utilizados são geralmente símbolos que ajudem a que se construa uma
imagem mental daquilo que se busca realizar, ou das forças com as quais se
esteja buscando lidar.
Os recursos mentais normalmente utilizados
na Magia Branca são geralmente os da Oração, através do que se criam a imagem
mental através do uso de palavras e símbolos, com o propósito de colocar o
indivíduo em contato com o que haja de menos material para então nesse estado
ser capaz de usufruir de inspiração e absorção de energias sutis, que o
mantenha e que se acelere o próprio desenvolvimento espiritual.
Há ocasiões em que o Mago Branco
se isenta de buscar o próprio desenvolvimento em prol do exercício do
Altruísmo, confiando nas forças que lhe dão retaguarda e se dedicando a elevar
os espíritos daqueles que o tem por Sacerdote, isto costuma ocorrer no caso de
Profetas no Caminho Místico.
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