Antiga arte esquecida do Culto a
Hefesto, o velho ferreiro que fabricava as armas dos Deuses do Olimpo. Esse é
um conhecimento Oculto que foi desenvolvido ao longo da história por diversos
povos, produzindo artefatos Mágicos os mais diversos. Sempre existiram as
Guerras Mágicas e para isso esse conhecimento é fundamental.
Tradicionalmente se considera
como básicas as Quatro Armas relacionadas aos Elementos, a Espada, a Taça, o
Selo e o Cetro. Mas sempre existiram muitas outras ligadas a outras forças da
Natureza.
O conceito das Armas básicas e
sua relação com os Elementos sempre foi objeto de discussão, pois em cada linha
se atribui os instrumentos a elementos diferentes. Mas isso ocorre porque na
verdade cada arma tem suas variantes de cada elemento, ou seja, temos espadas
de cada um dos quatro elementos e ainda outras que não estejam ligadas a nenhum
deles, bem como teremos aquelas ligadas a mais de um dos quatro e assim também
ocorre com as demais armas.
A variedade de instrumentos
possíveis é absolutamente incalculável, sendo impraticável catalogar todas as
variantes. Mas como referência nós temos o estudo destas principais. A começar
pela Espada.
Nas diversas culturas tivemos
espadas e lâminas dos mais diversos tipos. Da tradição grega Hefesto criou a
espada especialmente para Ares, o Deus da Guerra. A simbologia básica da Espada
é a Força de Vontade, ela é um instrumento que serve para exteriorizar sua
Vontade, sua determinação, e em síntese isto é Magia, pois essencialmente a
Magia consiste em Exteriorização da Vontade.
Em cerimônias Mágicas de certas
linhas se estabelece relação da Espada com o Ar e não há dúvidas de que
dependendo do uso que se faz dela essa atribuição estará correta. No entanto, de
todos os instrumentos, a espada é o mais ligado à realidade física. Feita de
Ferro, Aço, minérios os mais sólidos, densos e pesados, trazendo uma ligação
muito nítida com o elemento terra. Ao mesmo tempo vemos alguma ligação ao fogo
pelo seu processo de fundição, mas sua fabricação exige acima de tudo Força de
Vontade, energia, vigor físico, determinação e força bruta.
Outro aspecto em que vemos a
ligação com a realidade física é o seu uso, pois é um instrumento criado para
dar ao seu portador o poder sobre a vida do oponente, podendo matá-lo, sendo
que sua ação Mágica mais fundamental é essencialmente Física, no qual vemos o
Mago a nível físico como um indivíduo que se distingue dos demais por ser capaz
de exteriorizar sua força de vontade e impor seu querer aos demais, lhe dando
um poder natural, que é próprio ao ser humano, mas exige empenho, que é o poder
de tirar a vida de alguém se utilizando de instrumentos puramente físicos.
No que se refere ao
desenvolvimento espiritual temos aí um domínio da realidade Material, sendo
capaz de manipulá-la, assumindo controle sobre a Morte. Com o uso de uma
espada, o Guerreiro, que seria a forma mais básica de Mago, assume o poder de
impedir que outros lhe tirem a vida, bem como de defender outros que estejam ao
seu redor de perdê-la por ação da Vontade de seus oponentes. Por isso podemos
dizer que a Espada seria por excelência a primeira arma, aquela lhe dá poder
sobre a realidade física.
Na tradição Japonesa tínhamos um
dos melhores exemplos da Espada enquanto instrumento mágico dentro deste
contexto, em que tínhamos a fabricação ritualizada do Kataná, a arma dos Samurais,
tendo-se que segundo a tradição a Espada levava em si o Espírito do Samurai,
sua vida, sua vontade, seu poder, sua força, sua honra, sua autoridade, sua
essência e seu valor.
Os significados simbólicos da
Espada enquanto instrumento Mágico foram se perdendo com o tempo em algumas
culturas. Entre o povo Cigano tínhamos o uso do Punhal, de modo que até hoje em
certas linhas de Cartomancia é de praxe deixar um punhal na mesa da consulta a
guisa de proteção do Oráculo. Isso hoje é entendido de forma poética, abstrata,
subjetiva, como uma forma de proteção espiritual, contra energias negativas, no
entanto a origem dessa prática era absolutamente objetiva e pragmática, pois
era uma arma, com a qual o vidente poderia se defender de agressões físicas do
consulente, podendo inclusive se utilizar do punhal como instrumento de ameaça
para o caso de o consulente se negar a pagar pela consulta.
O poder da espada como ameaça é
algo real, literal, físico, objetivo. A questão é que esse poder é extensivo
aos outros planos, mesmo com o conceito de morte se vendo diluído em realidades
como o Plano Astral, ainda assim a posse de uma arma como essa lhe confere a
distinção como alguém que possui esse poder, que o coloca numa condição acima
de quem não possua essa força de vontade, energia, força, para utilizar essa
arma.
Isso sempre fez com que
Guerreiros fossem vistos como indivíduos diferenciados nas mais diversas
sociedades da antiguidade. Hoje a nível físico esse poder da Espada ainda é absolutamente
real, mas é substituído modernamente pelas armas de fogo, que mantém boa parte
dos seus significados. Assim também se pode considerar que armas de fogo sejam
instrumentos Mágicos. Embora sua eficácia a níveis supra físicos seja bastante
reduzida.
Pois para o uso das armas de fogo
não é preciso o mesmo nível de Força de Vontade, determinação, esforço e
Coragem para seu manuseio, de modo que as Armas Mágicas são extensões do poder
do Mago, é preciso que o portador da Arma tenha esse poder, ou do contrário a
Arma não irá lhe proporcionar esse poder.
Ainda assim existiram culturas e
tradições modernas que se valeram das armas de fogo como instrumento Mágico a
nível prático e objetivo, como no caso dos Norte Americanos, no período em que
os Colonos foram conquistando territórios em direção ao Oeste e se estabeleceu
a figura dos Pistoleiros como indivíduos diferenciados.
O mesmo foi visto no Brasil na
região nordeste com a figura dos Cangaceiros, bem como antes nas expedições dos
Bandeirantes, como na história de Caramuru. Também os Espanhóis ao conquistar
os povos das Américas e assim por diante.
O conceito de espada então acaba
sendo estendido a outras armas semelhantes, como adagas, athames, facas,
punhais, podendo ser associado também lanças e conforme o contexto flechas,
baionetas, navalhas etc.
Mas nesse ponto vemos a Espada
enquanto instrumento Mágico dentro de um contexto relativo ao elemento terra,
tendo em seus significados básicos a Força de Vontade, o esforço, a
determinação, a força, o poder de ameaça, defender a vida e matar, tornando seu
portador um Guerreiro a nível físico, material, objetivo, literal. Atendendo a
esses requisitos sua Espada será de fato uma Arma Mágica, podendo ser utilizada
com eficiência nos mais diversos Planos de Existência incluindo o Físico. De
modo que até aqui não abordamos sua relação com os demais elementos.
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