Não há começo, comece de onde
você estiver. Não há fim ou mesmo direção. Vá para onde você quiser. Não há
regras, nem a coisa certa a fazer, faça o que quiser fazer. Só há a Verdade e
quanto dela somos conscientes. Não há proporção da Verdade que seja ideal ou
superior, bem como não há proporção recomendada de ilusão. Não há certo ou
errado. Você já definiu para si mesmo desde sempre o quanto e que ilusão irá
preservar e quanto da Verdade se dispõe a lembrar neste momento.
A Verdade está toda aí, sempre
esteve, se for seu objetivo lembrar-se dela assim o fará, lerá nas entrelinhas,
verá os sinais, será conduzido pelas coincidências, casualidades e sincronicidades
para lembrar quem você é. Você saberá e terá provas do que está vivendo. Embora
como toda jornada chegar ao objetivo não é tão interessante quanto curtir o
trajeto.
Não há como sintetizar
razoavelmente a Verdade de modo a explicar em poucas palavras, ou ainda, há, em
pouquíssimas palavras: Você é Deus. Tudo que deriva destas três palavras é um
universo de ilusões extraordinariamente criado de maneira magnífica e perfeita,
completa e minuciosa, atendendo em todos os detalhes a todas as nossas formas
de percepção.
Na verdade não há para onde ir,
só o que queremos ver e viver agora e assim a cada momento. Nesse momento que
escrevo sinto o interesse, o impulso de falar disso, de escrever e esse
processo é absolutamente livre, eu poderia escrever o que quisesse, o que
tivesse a dizer, ou ainda não escrever nada. Se assim o faço é de alguma forma
o que me cabia fazer agora, assim como é o que lhe cabia fazer nesse momento seria ler o que está escrito aqui.
Você também é livre, está lendo
porque quer, por curiosidade, como também pode deixar de ler. Se estiver lendo
na esperança de encontrar algo fantástico que vá virar sua vida de cabeça para baixo,
saiba que estou escrevendo com esse objetivo, mas não faço a menor ideia do que
estarei escrevendo nas próximas linhas e nem faço ideia do que eu poderia
escrever que lhe causasse tal impacto.
Mas posso me lembrar de ocasiões
nas quais algo assim me aconteceu, sendo que não é algo específico que sirva para
todos, se faz parte do seu momento alcançar um entendimento por meio desta
leitura assim o será, por mais banal e vazio de significado seja o que eu
disser, pois essa mensagem só será vista por você e só servirá a você e a
ninguém mais, podendo haver outros que tenham efeitos similares por meio de
outras palavras do texto diferente da sua experiência com ele.
Vi coisas indescritíveis e vivi
situações únicas, boa parte delas impossíveis de serem narradas, ou ainda, cuja
narrativa não trouxesse nada além de confusão, choque e consequentemente toda
uma avalanche de críticas, questionamentos, dúvidas, rancores inexplicáveis e
descrédito geral. Por isso não se vê relatos sobre experiências genuínas com o
sobrenatural, pois seriam absolutamente infrutíferos podendo ser até
desastrosos.
Para quem acredita em Evolução
ela existe, mas para quem não acredita, ela não existe. É semelhante a um circuito
de rua, você pode andar livremente por elas sem que isso faça de você alguém
celebre, como você também pode estabelecer uma sequência de caminhos e apostar
corrida com outros criando assim a evolução. Ela é absolutamente real, no
entanto ela nos leva apenas a um ponto, compreender a Verdade, a verdade de que
a evolução não existe, nos colocando no mesmo lugar que aqueles que não
acreditam se encontram.
Mas ter corrido por aquelas ruas
pode ser uma experiência diferente de apenas andar aleatoriamente, nos levando
a entender e conhecer melhor aquelas ruas. Adquirir e acumular conhecimento
também é absolutamente válido, no entanto há diferenças entre ter memorizado
todo trajeto e todos os trajetos possíveis e ter experiências diretas
vivenciadas na prática.
A memória do que foi vivido é
algo bastante interessante, pois nada é perdido, tudo está onde sempre esteve e
sempre esteve ao nosso alcance, apenas é interesse nosso vivenciar a
ignorância, a ilusão, o sono da alma. É interesse e é necessário. Não há
crítica, não há julgamento, não há maneira correta ou errada. Não há limites,
não há proibições.
Tudo me é dado, mas nem tudo me
interessa no momento. A cada momento podemos estar buscando viver uma
experiência diferente, mesmo que conscientemente não saibamos disso, é
importante que se diga que esse desconhecimento é proposital para que a
experiência seja vivida de forma real. A ilusão é absolutamente real, tal qual
a Verdade.
Tudo é uma questão de momento.
Nós não somos os mesmos o tempo todo. Apenas não nos damos conta disso em razão
da memória. Enquanto estamos focados nos pensamentos e não em quem está
pensando não nos damos conta dessa mudança, pois ela é tão natural e nos
acompanha desde sempre que não nos apercebemos que somos vários indivíduos que
se sucedem no controle desta vida.
Tudo é Verdade, apenas nem tudo é
exatamente como lhe foi dito. O mundo é feito para lhe proteger da Verdade,
pois a ilusão é a grande verdade, é a Obra Divina, criada para que pudéssemos usufruir
de cada experiência a cada momento sem que houvesse o choque e anulação mútua
dos contrários, assim eles são mantidos para nosso deleite.
Tudo é válido, tudo se faz
necessário em algum momento, em alguma circunstância, tudo é feito para nos
causar impacto, contraste, choque, para que possamos vivenciar o contraste, a
estranheza, pois em suma é esta nossa Verdadeira Vontade, o que de fato
desejamos. Ou seja, esquecer e viver a ignorância para então ser impactado pela
Verdade, ou ainda viver a Verdade e se espantar com a intensidade e
grandiosidade da ilusão.
Essa extraordinária dança de
contrários ao som do tempo, torna a existência um espetáculo de uma magnitude
cósmica única. E neste indescritível parque de espelhos somos livres, livres
para ser quem quisermos ser, livres para viver, morrer, matar, sofrer, sofrer
punições, perseguições, ser morto, ser preso, ser injustiçado, receber o que
merece, somos livres para viver a dor, o sofrimento, a angústia, o medo, a
tristeza, a raiva, o ódio, o amor, o prazer, a saciedade, os limites, somos
livres para viver tudo que a vida tem a nos oferecer, sabendo que isso não
mudará quem somos.
O tempo pode nos levar a definir
o que estaremos fazendo a cada momento de modo a se ter o melhor aproveitamento
possível. Pois os períodos são de duração indeterminada. Ou seja, cada ilusão,
cada sonho, poderá ser vivido por décadas, séculos ou mesmo milênios. Sendo
assim é sempre interessante estar pleno em cada experiência para tirar o máximo
proveito de cada uma. Ainda assim há uma saída de emergência, um botão de
pânico, um estado consciencial no qual nos é possível descansar por um momento
de tudo que está sendo vivido, mas isto só é utilizado uma vez que se tenha, ao
longo da ilusão que está sendo vivida no momento, ter vivenciado a lembrança da
Verdade.
Este estado é alcançado quando
eliminamos a ilusão mais imediata, aquela que nos é mais próxima. O corpo, os
sentidos, as sensações, as emoções, os pensamentos e por fim a consciência, ou
seja, quem somos, sendo preciso ir eliminando quem não somos, o que costuma ser
um processo relativamente complexo, embora bastante direto. Consiste
simplesmente no silêncio e na contemplação da perfeição de cada momento.
Esse momento que estou vivendo
enquanto escrevo é absolutamente perfeito, independente de tudo que tenha
passado para chegar a esse momento, independente de qualquer especulação sobre
o que virá a seguir, sendo reconhecer a perfeição de um momento qualquer é a
própria Lembrança da Verdade.
O Agora, o exato momento no que
você se encontra aqui lendo essas linhas, pare e sinta, observe, ele é
absolutamente perfeito, você se encontra nesse exato momento só, não há mais
ninguém aí em sua mente, você é Deus, então todos são você, eu sou você, só
existe você e você está aqui neste momento e este momento é único, perfeito e não
se repetirá. Você terá outros momentos perfeitos e cada um deles terá esta
perfeição.
O Fruto da Vida lhe tira o gosto
do Fruto do Bem e do Mal, você deve olhar para esse momento esquecendo
completamente o Bem e esquecendo complemente o Mal, eles não existem, não cabem
no momento presente, a perfeição é o que cabe nesse momento e se você consegue
ver a perfeição do momento então você já conhece o atalho, o ponto de
referência, para onde voltar após cada mergulho na ilusão.
Agora se você está em busca dos
extremos já existem mapas bem completos, guias, trajetórias, caminhos que te
levarão para o extremo que quiser experimentar, prazer, poder, mistérios, tudo
já foi dito, basta escolher o que mais se identifica no momento e na ausência
de referências externas comece a procurá-las dentro. Primeiramente se
perguntando quem é você quando não está sendo você mesmo e quando não está
vivendo a perfeição do momento.
Mas é fundamental ressaltar que
tudo é real, a dor é real, o sofrimento é real, a morte é real, assim como o
prazer, o poder, o triunfo e o fracasso são todos reais e vividos intensa e
profundamente. Estando consciente disso você se vê livre para fazer o que quiser,
pois saberá até onde se dispõe a ir, quanto é capaz de suportar da Verdade e
dos Mistérios.
Liberdade. Você é livre para
acreditar no que digo, como é livre para não acreditar e ainda assim continuará
sendo irremediavelmente livre, absolutamente livre, pois tudo lhe é dado, só
nem tudo lhe interessará no momento.
Muito bom o seu blog, continuarei acompanhando. Também escrevo sobre alguns assuntos parecidos com os seus. se quiser dar uma olhada: nosrebew.blogspot.com
ResponderExcluirGratidao pelo super texto.. parece ate que eu mesmo o escrevi... entenda
ResponderExcluir