terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Armas Mágicas - Espada - Terra



Antiga arte esquecida do Culto a Hefesto, o velho ferreiro que fabricava as armas dos Deuses do Olimpo. Esse é um conhecimento Oculto que foi desenvolvido ao longo da história por diversos povos, produzindo artefatos Mágicos os mais diversos. Sempre existiram as Guerras Mágicas e para isso esse conhecimento é fundamental.

Tradicionalmente se considera como básicas as Quatro Armas relacionadas aos Elementos, a Espada, a Taça, o Selo e o Cetro. Mas sempre existiram muitas outras ligadas a outras forças da Natureza.

O conceito das Armas básicas e sua relação com os Elementos sempre foi objeto de discussão, pois em cada linha se atribui os instrumentos a elementos diferentes. Mas isso ocorre porque na verdade cada arma tem suas variantes de cada elemento, ou seja, temos espadas de cada um dos quatro elementos e ainda outras que não estejam ligadas a nenhum deles, bem como teremos aquelas ligadas a mais de um dos quatro e assim também ocorre com as demais armas.

A variedade de instrumentos possíveis é absolutamente incalculável, sendo impraticável catalogar todas as variantes. Mas como referência nós temos o estudo destas principais. A começar pela Espada.

Nas diversas culturas tivemos espadas e lâminas dos mais diversos tipos. Da tradição grega Hefesto criou a espada especialmente para Ares, o Deus da Guerra. A simbologia básica da Espada é a Força de Vontade, ela é um instrumento que serve para exteriorizar sua Vontade, sua determinação, e em síntese isto é Magia, pois essencialmente a Magia consiste em Exteriorização da Vontade.

Em cerimônias Mágicas de certas linhas se estabelece relação da Espada com o Ar e não há dúvidas de que dependendo do uso que se faz dela essa atribuição estará correta. No entanto, de todos os instrumentos, a espada é o mais ligado à realidade física. Feita de Ferro, Aço, minérios os mais sólidos, densos e pesados, trazendo uma ligação muito nítida com o elemento terra. Ao mesmo tempo vemos alguma ligação ao fogo pelo seu processo de fundição, mas sua fabricação exige acima de tudo Força de Vontade, energia, vigor físico, determinação e força bruta.


Outro aspecto em que vemos a ligação com a realidade física é o seu uso, pois é um instrumento criado para dar ao seu portador o poder sobre a vida do oponente, podendo matá-lo, sendo que sua ação Mágica mais fundamental é essencialmente Física, no qual vemos o Mago a nível físico como um indivíduo que se distingue dos demais por ser capaz de exteriorizar sua força de vontade e impor seu querer aos demais, lhe dando um poder natural, que é próprio ao ser humano, mas exige empenho, que é o poder de tirar a vida de alguém se utilizando de instrumentos puramente físicos.


No que se refere ao desenvolvimento espiritual temos aí um domínio da realidade Material, sendo capaz de manipulá-la, assumindo controle sobre a Morte. Com o uso de uma espada, o Guerreiro, que seria a forma mais básica de Mago, assume o poder de impedir que outros lhe tirem a vida, bem como de defender outros que estejam ao seu redor de perdê-la por ação da Vontade de seus oponentes. Por isso podemos dizer que a Espada seria por excelência a primeira arma, aquela lhe dá poder sobre a realidade física.

Na tradição Japonesa tínhamos um dos melhores exemplos da Espada enquanto instrumento mágico dentro deste contexto, em que tínhamos a fabricação ritualizada do Kataná, a arma dos Samurais, tendo-se que segundo a tradição a Espada levava em si o Espírito do Samurai, sua vida, sua vontade, seu poder, sua força, sua honra, sua autoridade, sua essência e seu valor.

Os significados simbólicos da Espada enquanto instrumento Mágico foram se perdendo com o tempo em algumas culturas. Entre o povo Cigano tínhamos o uso do Punhal, de modo que até hoje em certas linhas de Cartomancia é de praxe deixar um punhal na mesa da consulta a guisa de proteção do Oráculo. Isso hoje é entendido de forma poética, abstrata, subjetiva, como uma forma de proteção espiritual, contra energias negativas, no entanto a origem dessa prática era absolutamente objetiva e pragmática, pois era uma arma, com a qual o vidente poderia se defender de agressões físicas do consulente, podendo inclusive se utilizar do punhal como instrumento de ameaça para o caso de o consulente se negar a pagar pela consulta.

O poder da espada como ameaça é algo real, literal, físico, objetivo. A questão é que esse poder é extensivo aos outros planos, mesmo com o conceito de morte se vendo diluído em realidades como o Plano Astral, ainda assim a posse de uma arma como essa lhe confere a distinção como alguém que possui esse poder, que o coloca numa condição acima de quem não possua essa força de vontade, energia, força, para utilizar essa arma.

Isso sempre fez com que Guerreiros fossem vistos como indivíduos diferenciados nas mais diversas sociedades da antiguidade. Hoje a nível físico esse poder da Espada ainda é absolutamente real, mas é substituído modernamente pelas armas de fogo, que mantém boa parte dos seus significados. Assim também se pode considerar que armas de fogo sejam instrumentos Mágicos. Embora sua eficácia a níveis supra físicos seja bastante reduzida.

Pois para o uso das armas de fogo não é preciso o mesmo nível de Força de Vontade, determinação, esforço e Coragem para seu manuseio, de modo que as Armas Mágicas são extensões do poder do Mago, é preciso que o portador da Arma tenha esse poder, ou do contrário a Arma não irá lhe proporcionar esse poder.




Ainda assim existiram culturas e tradições modernas que se valeram das armas de fogo como instrumento Mágico a nível prático e objetivo, como no caso dos Norte Americanos, no período em que os Colonos foram conquistando territórios em direção ao Oeste e se estabeleceu a figura dos Pistoleiros como indivíduos diferenciados.

O mesmo foi visto no Brasil na região nordeste com a figura dos Cangaceiros, bem como antes nas expedições dos Bandeirantes, como na história de Caramuru. Também os Espanhóis ao conquistar os povos das Américas e assim por diante.

O conceito de espada então acaba sendo estendido a outras armas semelhantes, como adagas, athames, facas, punhais, podendo ser associado também lanças e conforme o contexto flechas, baionetas, navalhas etc.

Mas nesse ponto vemos a Espada enquanto instrumento Mágico dentro de um contexto relativo ao elemento terra, tendo em seus significados básicos a Força de Vontade, o esforço, a determinação, a força, o poder de ameaça, defender a vida e matar, tornando seu portador um Guerreiro a nível físico, material, objetivo, literal. Atendendo a esses requisitos sua Espada será de fato uma Arma Mágica, podendo ser utilizada com eficiência nos mais diversos Planos de Existência incluindo o Físico. De modo que até aqui não abordamos sua relação com os demais elementos.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não havendo requisição em contrário os seus comentários poderão ser publicados sem consulta prévia.