terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Magia Branca






Faz parte do que é classificado como Alta Magia, muitas vezes de tal forma identificado com esta definição que não é raro serem tratados como sendo sinônimos, assim como igualmente quanto ao termo Magia Cerimonial.

 

É importante que se diga que tanto a Magia Branca quanto a Magia Negra são consideradas dentro da categoria de Alta Magia. Assim como o termo Magia Cerimonial é um pouco mais abrangente, sendo aplicada não apenas a essas duas modalidades de Alta Magia como a outras de classificação menos precisa.

 

A classificação de Alta Magia se aplica àquelas que lidam com processos Mentais e Psicológicos Profundos, bem como por sua correlação com as esferas de vibração mais elevada e mais sutil ligada a manifestações menos densas e mais puras do espírito.

 

É comum que quando realizada tenha por base elementos ligados a processos gnósticos, com o uso de símbolos que vem por se manifestarem em planos mais sutis como o que é conhecido como Astral Superior e mesmo com o Plano Mental e a busca por elementos profundos da essência espiritual do ser, ligados a Planos Superiores.

 

Me vejo na necessidade de esclarecer que uso o termo gnóstico em seu sentido mais básico de processos através dos quais se absorve conhecimentos por vias diretas sem o uso do intelecto, não me referindo com isso a nenhuma vertente ou instituição que faça uso desse termo para definir suas práticas.

 

Também é importante desmistificar certos conceitos frequentemente distorcidos, mas que serão melhor esclarecidos quando tratarmos do tema Magia Negra, que não existe nenhum contexto discriminatório no uso de tais classificações, sendo que Magia Branca não é superior à Magia Negra e quando falamos em termos de Alta Magia, também não significa que haja um juízo de valores sobre a superioridade evolutiva ou de status de distinção entre Magos em razão de suas práticas.

 

Muito embora o termo Magia e o título de Mago tenha sido originalmente atribuído aos praticantes dessas modalidades hoje classificadas como Alta Magia e só posteriormente os termos foram atribuídos às demais modalidades que também foram conhecidas como Feitiçaria ou Bruxaria.

 

Mas agora nos focando mais especificamente na Magia Branca, essa muitas vezes é considerada por seus praticantes simplesmente como Magia, ou Alta Magia, ou mesmo Magia Cerimonial e por ser mais frequentemente uma prática adotada pelos adeptos do Caminho da MãoDireita, então se vê aí o que leva a uma idéia de superioridade que os praticantes buscam assumir.

 

Sua característica básica é com relação aos seus propósitos, ou fins, sendo especialmente aplicada como auxiliar em processos de desenvolvimento espiritual do ser humano. Sendo que ritos de Iniciação utilizados nas diversas Escolas Iniciáticas são atos de Magia Branca, pois tem por objetivo levar o indivíduo a tomar contato com as esferas mais elevadas da existência e mais profundas do espírito.

 




Ou seja, de modo geral tudo que leve do Material para o Espiritual, simbolicamente de Baixo para Cima, pode ser considerado Magia Branca. Embora muitas vezes ocorra de não ser classificada dessa forma por seus praticantes, que atribuem ao processo uma conotação de contato com a Divindade, em geral nos meios mais ligados ao Caminho Místico.

 

Outra marca da Magia Branca é a impessoalidade e o altruísmo, de modo que o Mago se alia à Forças e Egrégoras que lhe concedem a autoridade sobre um determinado grupo ou coletividade como ocorre em instituições Exotéricas, sendo que em geral o Mago Branco assumirá a função de Sacerdote também.

 

Assim, podemos observar que as ritualísticas encontradas em diversas instituições religiosas tiveram por base Ritos Mágicos, que foram perpetuados mesmo que os Sacerdotes não mais viessem a desenvolver-se como Magos. Embora nem todos os Ritos Religiosos sejam passíveis de serem classificados como Magia Branca. Em geral apenas aqueles nos quais ocorrem Ritos como os de formação ou consagração de um Sacerdote.

 

Isto porque em tais ritos ocorre o processo no qual o indivíduo tem sua consciência levada pelo Mago, ou Sacerdote, de um enfoque Material para uma realidade Espiritual, mais sutil.

 

Algo que pode causar estranheza a alguns é que o Rito da Missa, quer seja ela a Gnóstica ou a Católica, não se tem um contexto no qual se encaixaria a definição de Magia Branca, pois não se está levando do Material para o Espiritual mas sim se estará buscando forças sutis e invisíveis e as trazendo para a Matéria, ao alcance da percepção dos participantes.

 

Outra característica da Alta Magia de modo geral é a utilização por parte do Mago de recursos mentais, sendo que poucos são os recursos físicos utilizados na ritualística, sendo que os objetos utilizados são geralmente símbolos que ajudem a que se construa uma imagem mental daquilo que se busca realizar, ou das forças com as quais se esteja buscando lidar.

 

Os recursos mentais normalmente utilizados na Magia Branca são geralmente os da Oração, através do que se criam a imagem mental através do uso de palavras e símbolos, com o propósito de colocar o indivíduo em contato com o que haja de menos material para então nesse estado ser capaz de usufruir de inspiração e absorção de energias sutis, que o mantenha e que se acelere o próprio desenvolvimento espiritual.

 

Há ocasiões em que o Mago Branco se isenta de buscar o próprio desenvolvimento em prol do exercício do Altruísmo, confiando nas forças que lhe dão retaguarda e se dedicando a elevar os espíritos daqueles que o tem por Sacerdote, isto costuma ocorrer no caso de Profetas no Caminho Místico.

 



 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não havendo requisição em contrário os seus comentários poderão ser publicados sem consulta prévia.